terça-feira, 17 de março de 2015

Sarau da Onça, Grupo Ágape e Galinha Pulando participam do Salão do Livro de Genebra

A periferia de Salvador invade a Suíça, pela porta da frente. Os coletivos Sarau da Onça e Grupo Ágape, do bairro Sussuarana, em Salvador-BA, são os parceiros da Editora Galinha Pulando e vão participar do 29º Salão do Livro e da Imprensa de Genebra (Suíça), que acontece entre 29 de abril e 04 de maio de 2015, no Palexpo, em Genebra. Durante o maior evento literário do país, brasileiros de todas as origens se encontram no estande Varal do Brasil, dirigido por Jacqueline Aisenman.
 
A editora Galinha Pulando vai lançar dois livros ilustrados pelo grafiteiro Zezé Olukemi: “A poesia cria asas”, do Grupo Ágape, com poemas de amor, de protesto e de desabafos de Maiara Silva, Mateus Silva, Joyce Melo, Sandro Sussuarana, Lane Silva, Evanilson Alves, Gleise Souza, Laiara Mainá, Larissa Oliveira, William Silva e Carol Xavier; e “Poesias ao Vento: vinte poemas de amor e uma crônica desesperada”, de Valdeck Almeida de Jesus, em português e espanhol. O terceiro lançamento será a edição 2014 do “Prêmio Galinha Pulando de Literatura”, com capa de Fábio Haendel e contracapa de Rosana Griloni, e contém poemas de Carol Xavier, Patrick Lima, Varenka de Fátima Araújo, Osmar de Jesus, Galdy Galdino, Ndje Man Dieudonné François e outros.
 
O Prêmio Galinha Pulando completa dez anos e já lançou mais de 1600 poetas pelo mundo todo. O Grupo Ágape é formado por jovens com objetivo de levar poesia e arte a alunos de escolas públicas e outros espaços. Faz parte das atividades do Sarau da Onça, que tem participação do estudante de Serviço Social Sandro Ribeiro dos Santos (Sandro Sussuarana) dentro outros, e atua em Sussuarana nas dependências do Espaço CENPAH – Centro de Pastoral Afro, pertencente à Paróquia São Daniel Comboni, em Salvador-BA. A cada quinze dias são realizados saraus, apresentações musicais, leituras poéticas e canjas de hip hop e outras atividades culturais.
 
O Varal do Brasil é um projeto brasileiro e suíço, comandado por Jacqueline, brasileira de nascença e suíça por raízes de família. Inicialmente uma revista eletrônica, que continua funcionando, agora virou também livro e estande na maior feira literária da Suíça. Desde 2012 o grande banquete literário é servido entre autores de várias partes do mundo, fortalecendo o intercâmbio e a língua portuguesa.
 
Site do Salão do Livro: www.salondulivre.ch
 

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Brasil será representado no Salão do Livro da Suíça

Varal do Brasil estará presente no 29º Salão do Livro e da Imprensa de Genebra (Suíça), que acontece de 29 de abril a 3 de maio, no Palexpo, em Genebra. Já estão confirmados Marcelino Freire, Ronaldo Correia de Brito e Cintia Moscovich.
O autêntico encontro entre editores, autores, promotores, distribuidores, mídias e outros atores do mundo literário e da cultura. Sua acessibilidade traz, a cada ano, a magia deste acontecimento contando com aproximadamente mais de 100.000 visitantes (mais de 20% da população da cidade de Genebra)
Convivial e festivo, o Salão do Livro de Genebra é um local onde visitantes de todas as idades e profissionais se encontram durante cinco dias para compartilhar e trocar ideias em torno de uma mesma paixão: a cultura através da leitura e da escuta de debates apaixonados, sem esquecer os encontros com mais de 500 autores presentes.
Visitantes de toda a Europa afluem para o Salão do Livro de Genebra!
O Varal do Brasil estará presente com um stand de cinquenta metros quadrados onde terá o prazer de apresentar a literatura brasileira e de língua portuguesa em geral, com os autores conquistando uma janela de visibilidade muito expressiva num dos mais renomados eventos literários da Europa.
Esta iniciativa, que conta já com vários autores confirmados, se fará num sistema de participação cooperativa. Infelizmente as vagas para as sessões de autógrafos e para exposição de livros no Salão serão limitadas.
Assim, selecionaremos os autores que desejarem participar deste sistema cooperativo. (A administração do Varal do Brasil se reserva o direito de recusar qualquer candidatura que não considere conveniente).
- Não é necessária a presença do autor para que seu livro esteja no Salão. O que é necessário é termos o livro do autor (Solicite através de nosso e-mail o regulamento para participação);
- A língua em que está escrito o livro não é o mais importante. O livro poderá estar em Português, Inglês, Francês, Espanhol, Italiano ou outra língua, ou mesmo ser bilíngue, em braile e etc..

Veja fotos de nossa participação nos anos anteriores em:

Esperamos contar com você, escritor (a)! Esperamos ter seu livro em nosso stand!
Para toda e qualquer informação escrever ao VARAL DO BRASIL por e-mail:
varaldobrasil@gmail.com



terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Valdeck Almeida de Jesus lança novo livro de poemas




Poesias ao Vento: Vinte poemas de amor e uma crônica desesperada, em português e espanhol, é a nova obra literária do poeta jequieense Valdeck Almeida de Jesus, que publica pela Galinha Pulando Editora. Nascido de uma visão ou um sonho, como resume o autor, a antologia de vinte textos curtos e de uma crônica, foi traduzida pela venezuelana Gladys Mendía e revisada pelo seu conterrâneo Julio César Bustos, e traz ilustrações e capa do artista plástico e grafiteiro baiano Zezé Olukemi.

“Eu me lembro de uma pessoa caminhando na Rua General Labatut, indo para o ensaio da peça Filhos do Kaos, de Fábio Viana”, relata Valdeck. Para ele, esta imagem não é real, pois esse encontro nunca aconteceu. Mas a partir daí surgiu uma amizade pela internet com a pessoa em questão, que se mantém por mais oito anos, inclusive com ligações telefônicas e viagens pela fantasia. Após colecionar centenas de páginas de conversas através de redes sociais, surgiu a vontade de transformar tudo em poemas e publicar, para concretizar um sentimento que dominava e era muito mais que real. O processo durou dois anos de escrita, reescrita, faz e refaz até a versão final. Depois de conhecer a arte de rua de Zezé Olukemi, veio o desejo de ilustrar o livro e esta jornada tomou mais um ano. No meio do caminho, no Encontro Nacional de Escritores da Colômbia, o jornalista Valdeck conheceu a tradutora Gladys Mendía que fez a transição do português para o espanhol e, de outro encontro, em Salvador, com o poeta Julio César Bustos, veio a revisão final do livro. Pronta a versão espanhola, já era mais que hora de montar a obra e publicá-la.

Com título duplo, que em língua castelhana significa “Poesías al Viento: Veinte Poemas de Amor y una crónica desesperada”, a homenagem a um amor secreto, agora partilhado com leitores de idiomas diferentes, circula na internet em formato eletrônico e também em papel, para os amantes do tradicional. Aqui tem uma dica para quem deseja seguir os rastros do vento e descobrir quem inspirou o poeta: “Para uma miragem que povoa meu imaginário faz anos... que nem sei se é imagem ou invenção, se é sonho ou ilusão de minha mente. Esta miragem sabe de mim e de muito mais...”


Fonte:

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

ASAS DA POESIA: Professores e artistas levam poesia para a salas de aula


*Por Brenda Gomes

Umas das mais antigas artes, a poesia aparece para contar a história da humanidade desde os primórdios. O texto ritmado que embalava o coração dos trovadores e despertava o interesse dos intelectuais com o decorrer do tempo tomou outros rumos, deixando de ser um texto exclusivo para estudiosos.

Hoje é comum encontrara o tipo literário nas salas de aula, na boca de pequenos poetas nem sempre com o mesmo romantismo dos trovadores, mas com tons de rimas divertidas ou até mesmo protesto, afim de inseri-los em necessidades sociais e  aumentar o interesse pela leitura e escrita.

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Além de recital grupo tem desenvolvido oficinas de poesia e interpretação com os alunos. Foto Reprodução

Criado a partir de um grupo de amigos que pretendiam tornar suas vivências e assuntos quais achavam interessantes em poesias, o grupo recital Ágape, criado no bairro de Sussuarana em Salvador, tem levado a poesia para alunos de escolas públicas e privadas.

O coletivo que hoje conta com 12 integrantes e iniciou suas apresentações nas igrejas do bairro e no Sarau da Onça, evento que reúne outros poetas e artistas, lançou no último mês de dezembro  sua primeira antologia poética intitulada “A poesia cria asas”, que tem sido o carro chefe das apresentações do grupo.

De acordo com Evanilson Alves, um dos poetas do coletivo, o grupo fundado o em 2011,  tem como proposta despertar pensamento crítico na conduta social dos alunos a partir da arte. “Por nossos textos serem feitos a partir de uma linguagem fácil  e bem próxima a juventude, e também por sermos jovens entendemos que as mensagem de conscientização chegam mais rápido para os alunos”, afirma.

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Em dezembro grupo lançou o antologia poética “A Poesia Cria Asas” que é o carro chefe das apresentações. Foto Reprodução

Além das apresentações nas escolas o Ágape desenvolve oficinas de poesia e interpretação em instituições da rede pública e privada, atividades que de acordo com o poeta são capazes de auxiliar o rendimento escolar e deixar os alunos conectados com temas de interesse público de forma lúdica e de fácil acesso. “Com a produção dos poemas e poesias, ou mesmo com a leitura, os admiradores dessa arte, ampliam o conhecimento sobre diversos temas, melhoram sua escrita e assimilam melhor as matérias.Nossos versos falam do  cotidiano, sobre assuntos pertinentes da nossa sociedade, sobretudo sobre as questões raciais, desigualdade social, família, política, educação, valorização da mulher e identidade”, conta.

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As poesias do grupo passeiam entre questões sociais e de identidade cultural. Foto Reprodução

Para o historiador e poeta Alan Félix a poesia precisa ser utilizada como ferramenta educacional mas não adianta ser utilizada esporadicamente, por um ou dois professores, e sim como uma aliada constante na formação dos alunos. “Eu acredito nesse processo de mudança  pela palavra, até porque foi a partir de uma professora minha que despertei para a leitura. Ainda existe um pouco de resistência dos alunos, porque é um momento de leitura e de interpretação e é algo eles não estão acostumados, mas que pode e deve ser contornado”, conta.

Alan, que é professor na rede estadual de ensino, aponta também a importância do papel do professor em aproximar as publicações ao cotidiano dos alunos, afim de estes se sintam atraídos pela leitura e pela vontade de produzir. “Não dá para despertar interesse em todos, já que a gente sabe que o problema da rede pública é muito maior, mas se nós educadores criarmos estratégias, saíndo dos clássicos, procurando escritos e até músicas que sejam próximos a realidade deles, é possível fazer sim. O que não podemos é continuar com a a estrutura piloto e livro, quando a gente pode fazer muito mais e melhor”, finaliza.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Jorge Portugal: "Primeira grande dificuldade é o orçamento"



Jorge Portugal foi nomeado como o secretário de Cultura do governo de Rui Costa

Por: Davi Lemos

O professor Jorge Portugal, 58, novo secretário estadual da Cultura, aponta as dificuldades orçamentárias como o principal empecilho no início da gestão. Ele assumiu a pasta na última terça-feira, quando concedeu esta entrevista, no Palácio Rio Branco. Portugal, que se notabilizou como educador, poeta e compositor, fala da formação em Santo Amaro da Purificação, cidade que o "aprontou", como prefere dizer. Cidade onde também participa do bicentenário "Senado", um grupo cujos integrantes se reúnem diariamente em "sessões" realizadas nas escadarias da Igreja da Purificação.

Quais são as intenções iniciais à frente da secretaria? E de que forma o senhor vê a cultura?

Cultura talvez seja o termo que mais suscita debate, polêmica e discussões acaloradas. Mas eu uso sempre uma explicação que meu saudoso e querido mestre Vivaldo da Costa Lima dava quando eu estudei psicologia. Eu fui aluno dele em antropologia. Ele dizia: "Cultura é tudo o que o homem faz além daquilo que a natureza dá". Um coqueiro, por exemplo, é natureza, não é cultura, mas a forma de beber a água de coco já é cultura. E a Bahia é sinônimo disso.

E como o senhor pretende trabalhar à frente da secretaria?

Eu sento aqui representando um governo de continuidade, não de ruptura. Já havia políticas culturais implementadas, e a todas elas o nosso desejo é dar continuidade, ampliando, aprofundando. O processo de interiorização é uma grande novidade neste último decênio na Bahia.

Observando aqui o perfil do senhor [distribuído pela assessoria de comunicação da Secult], o senhor ressalta não só a formação acadêmica, mas as experiências de vida desde a infância.

Eu nasci e vivi até os meus 16 anos em Santo Amaro da Purificação. Imagine: morando cinco casas depois da família de Caetano, Dona Canô, todo mundo. Até os dez anos, eu vivi no Mucumbi, que era uma fazenda de cana, fazenda de cem tarefas que meu pai tinha. Eu cresci vendo os cortadores de cana, as pessoas que trabalhavam ali naquela lavoura, trabalhando e cantando. Cantando os sambas de rodas, as chulas. Cortando a cana e, neste ritmo, vinha o samba. E eu vendo isso, ouvindo isso, participando, absorvendo. Mais tarde eu começo a me apaixonar pela novena de Santo Amaro, que é uma das peças de música sacra mais belas que você pode conhecer. Então a minha formação vem dessas duas vertentes musicais: a música sacra barroca e do samba de roda. Santo Amaro é quem me aprontou.

O senhor também ressalta seus professores.

Eu fui formado ali por grandes mestres. A professora Luzáurea Pinto, que era diretora do Ginásio Teodoro Sampaio, em que estudei, dizia o seguinte: "Aqui neste ginásio matemática tem tanto valor quanto teatro. Ciência é igual a música". Então, eu já cresci e já estudei dentro desse mundo.

O senhor falou de Santo Amaro. Falando um pouco agora das festas populares, a impressão é que já não têm a mesma pujança que tiveram até a década de 1980.

Com certeza. Eu ainda alcancei um tempo em que, quando chegava o momento das festas em Santo Amaro, de 24 de janeiro a 2 de fevereiro, as pessoas já vinham se antecipando em mandar fazer as peças de roupa para poderem ir à novena.

Esta perda de pertença é pelo fato de as pessoas estarem muito mais isoladas em um ambiente tecnológico? Isso influencia?

Influencia muito. Há dez anos, eu dava aula em um cursinho pré-vestibular e dizia o seguinte: "Eu tenho medo de que chegue um dia em que as pessoas de uma mesma família estejam cada uma em seu cômodo se comunicando pelo telefone celular". As pessoas davam risada, mas estamos vivendo esse tempo. Esse sentido de comunidade vem se perdendo.

E o que resistiu a isso em Santo Amaro?

Uma instituição chamada "Senado", bicentenária, que é uma reunião que se dá entre pessoas, na escadaria da Igreja da Purificação, que começa por volta de cinco da tarde e vai até uma ou duas horas da manhã, todo santo dia. Minha comadre Canô (Veloso) me dizia que o pai dela tomava sopa correndo para não perder a segunda sessão do Senado.

Ainda há as sessões?

Claro. A última sessão era feita pelos notívagos da cidade. Os que são mais idosos hoje participam da primeira sessão, porque vão para casa, vão dormir [mais cedo]. Aí vem o pessoal de meia idade, que pega umas oito horas e vai até dez, onze. E depois vêm os notívagos que, nesta época, aparecem na cidade aos montes. Está lá. Existe. Quando eu fui indicado para a secretaria, eu fui lá em Santo Amaro. Aí tomei logo uma descompostura: "Você está pensando que secretário é mais que senador? Você é senador e ultimamente tem se ausentado. Não vamos abonar suas faltas".

Há um processo para a aceitação?

Há. Não há quem chegue a Santo Amaro que não saiba. Não há candidato a prefeito em Santo Amaro que não se aproxime para poder saber, fazer a sondagem. Fala-se de tudo, desde o último ato de (Barack) Obama, desde a última descoberta da física, até, principalmente, o principal assunto da pauta: a vida alheia.

Voltando à secretaria, o principal empecilho para a gestão é o orçamento?
É, principalmente. Perguntaram-me: "O que você vislumbra como primeira grande dificuldade?". É o orçamento, porque é preciso dar conta de um estado-país. Essa vai ser uma das principais lutas minhas aqui.

Ano passado, o orçamento da cultura foi de 0,7% do total do estado. Há uma lei que pode ser aprovada que prevê dotação de 1,5% do total do orçamento.

Eu já estou arregaçando as mangas para bater na porta dos parlamentares para fazer isso correr.

Há também queixas  a respeito dos editais que não foram pagos. Isso será conversado?

Sim. E vamos ampliar mais ainda o diálogo. Mas estas contingências são justamente por conta das imposições da realidade. Claro que, como as pessoas que fazem a cultura têm um poder de fogo muito grande, sobretudo junto à mídia, o barulho é maior, mas o contingenciamento ocorre para todos.

Ouvi o senhor dizer que deseja uma relação maior entre cultura e educação. Como o senhor pensa essa relação?

Ela já existe. Este casamento eu não vou fazer, este casamento já está em mim desde sempre. Esse casamento já existe na realidade. Posso depois passar o número de ações que foram feitas durante as gestões de Márcio (Meireles) e Albino (Rubim). O que eu vou fazer é multiplicar isso.

Mas a arte ainda é vista como algo supérfluo. Como mudar esta percepção?

A gente tem a educação para isso. Volto à professora Luzáurea. Quando você estuda em um colégio em que a diretora diz que matemática pesa tanto quanto teatro, que você estar no coral é tão importante quanto assistir à aula de ciências, você cresce sem separar as duas coisas. Já imaginou se a gente pega essa rede de educação poderosa, poderosíssima, com seus gestores, diretores, coordenadores e tudo o mais, e injeta esse amor pela cultura? Isso aqui pega fogo.

Falando sobre patrimônio, cito um exemplo. Quando se passa pela avenida Contorno, em Salvador, veem-se as ruínas. A impressão que dá é que o patrimônio é descartável.

Eu sofri isso em minha própria cidade. Eu vi Santo Amaro se transformar de tal maneira - Santo Amaro perdeu, praticamente, toda arquitetura colonial. Porque estava muito perto de Mataripe, e sabe o que aconteceu? As pessoas chegavam lá, compravam casas e diziam: "Isto é uma velharia", com o bolso cheio de dinheiro. "Isso aqui é uma velharia, eu vou botar azulejo aqui porque não preciso pintar mais". E a cidade acabou se transformando, para a nossa tristeza. Você vê a relação que as pessoas têm com o patrimônio, mas, conversando com Carlos Amorim [superintendente do Iphan na Bahia], ele me deu uma grande notícia: "Santo Amaro está no PAC das Cidades Históricas e você não vai conhecê-la daqui a mais dois ou três anos".

Mas é importante que estes imóveis tenham vida. No Pelourinho deixou-se de dar vida às casas, que viraram centros comerciais.

É um "shoppão" que, chega em determinados horários e em determinadas épocas, viram verdadeiro deserto. Eu, por exemplo, adoraria morar no Pelourinho.

Houve polêmica após a nomeação do senhor. O poeta e acadêmico Luis Cajazeira Ramos disse que o senhor teria se referido à Academia de Letras da Bahia como uma instituição "carcomida". O senhor publicou um artigo em A TARDE explicando o que ocorreu, mas depois Joca Teixeira Gomes respondeu e voltou com a mesma polêmica. Qual é a instituição "carcomida"?

Eu nem vi o artigo de Joca, que foi meu colega, sempre tive com ele uma relação maravilhosa. Soube até que no artigo ele disse que teve desavenças comigo. E eu disse: "Qual, rapaz, que desavença?". Vou repor a verdade. Ruy Espinheira [Filho] escreveu um artigo, condenando a política das cotas. E o professor Penildon Silva respondeu a Ruy, mostrando que era uma política inclusiva e etc. Eu entrei na história e escrevi duas linhas. A "academia carcomida" ali era uma certa universidade que não queria se abrir às ações afirmativas, que queria se manter elitista como sempre foi. Para você, por exemplo, querer saber quem era o aluno da Ufba bastava olhar o pátio, o estacionamento. Então, a "academia carcomida", ali, era a universidade elitista, e jamais a Academia de Letras.


domingo, 11 de janeiro de 2015

Prêmio Galinha Pulando de Literatura publica livro de 2014

As ilustrações foram feitas por Fábio Haendel (capa) e Rosana Griloni (contracapa)

O Prêmio Galinha Pulando começou em 2005, patrocinado pelo seu organizador Valdeck Almeida de Jesus. Até 2009 cada poeta selecionado recebia um livro de graça. A partir daí, ficou muito caro para Valdeck bancar tudo sozinho. Agora em 2014 veio a ideia de pedir ajuda aos autores e a quem pudesse colaborar comprando antecipado exemplares da antologia poética. Quem participou tem direito a livros e brindes. O apoio principal foi dos escritores Luiz Menezes de Miranda, Janete Serralvo, Rosália Meires Silva, Jânia Maria Souza da Silva e Henrique César Costa Cabral que, através de uma campanha divulgada no site Kickante, contribuíram para tornar realidade mais uma edição do prêmio literário. Sem essa ajuda o sonho talvez não se concretizasse.

Desde a primeira edição o concurso vem atraindo pessoas de todos os lugares: Brasil, Argentina, Espanha, Portugal, Estados Unidos, Moçambique, França, Inglaterra, China, Japão, Suécia, Suíça, Costa Rica, Romênia, Angola, Itália, Sérvia, Austrália, Canadá e Camarões. Já são mais de 1800 exemplares publicados com 1617 poetas de todas as idades, iniciantes e veteranos, que concorrem em pé de igualdade e têm seus nomes ventilados pelo mundo lusófono, fortalecendo os laços poéticos, culturais e linguísticos entre os países de língua portuguesa e valorizando a criação literária de todos.

Ganhadores da edição 2014:

1º Colocado - Menor abandonado (Aderson Ulrico de Oliveira)
2° Colocado - Eu, apenas um andarilho Galdy Galdino (Romildo Galdino dos Santos)
3º Colocado - Magnólias (André Ribeiro)
4º Colocado - Faxina no  céu (Antônio Sérgio de Sena Vaz)
5º Colocado - Vela Areinho (Diogo Cantante)
6º Colocado - Nossa Gramática (Heberton Batista)
7º Colocado - Paradoxo (Jorge Ricardo Dias)
8º Colocado - Meu olhar passarinho (Mateus Silva de Araújo)
9º Colocado - E ainda não sei andar de bicicleta (Osmar de Jesus Santos) 
10º Colocado - Uma calçada em Pequim (Nathan Sousa)

Convidados Especiais: Carol Xavier (Sarau da Onça) e Ndje Man Dieudonné François (República dos Camarões).

Confira aqui a lista completa de todos os participantes do livro:

Nesses dez anos, o concurso já homenageou Jean Wyllys e Jorge Amado, em edições especiais, além de divulgar artistas plásticos como Nilda Lima, Fábio Haendel, Rosana Griloni e Richard Calil Bulos com pinturas que ilustraram capa ou contracapa das edições. Em 2010 o projeto foi citado no livro “Plano Nacional do Livro e Leitura: Textos e Histórias – 2006/2010”, organizado por José Castilho Marques Neto, além de fazer parte de um CD que o Ministério da Cultura distribuiu às bibliotecas e entidades ligadas ao livro e à leitura no país. Além destes destaques, o organizador do certame destaca a participação de jovens e adultos, de todas as idades, do Brasil e do exterior: “os depoimentos de poetas e poetisas, em mensagens de agradecimento e de demonstração de felicidade quando são selecionados me estimulam a seguir adiante, apesar dos percalços e da falta de patrocínio”, declara.

O sonho - Valdeck Almeida de Jesus, idealizador e patrocinador do projeto, teve seu primeiro texto publicado na antologia “Poetas Brasileiros de Hoje – 1984”, organizada por Christina Oiticica, esposa de Paulo Coelho. Por conta disso, o Jornal de Jequié fez uma matéria e o prefeito prometeu bancar uma edição da obra literária e, após uma espera inglória, Valdeck desistiu do sonho individual e criou o concurso literário Galinha Pulando para abrir portas a iniciantes e profissionais que desejem ter seus textos lançados no mundo inteiro.

Organizador - Valdeck Almeida de Jesus (1966) é jornalista, funcionário público, editor, escritor e poeta. Embaixador da Divine Académie Française des Arts, Lettres et Culture, Embaixador Universal da Paz, Membro da Academia de Letras do Brasil (Seccional Suíça), Academia de Letras de Jequié, Academia de Cultura da Bahia, Academia de Letras de Teófilo Otoni, Academia Nevense de Letras, Ciências e Artes – ANELCA, Poetas del Mundo, Fala Escritor, Confraria dos Artistas e Poetas pela Paz, da União Brasileira de Escritores – UBE e União Baiana de Escritores - Ubesc. Publicou “Memorial do Inferno: a saga da família Almeida no Jardim do Éden”,Feitiço contra o feiticeiro”, “Valdeck é Prosa e Vanise é Poesia”, “30 Anos de Poesia”, “Heartache Poems”, ”Yes, I am gay. So, what? – Alice in Wonderland”, “O MST e a Mídia: uma análise do discurso sobre o Movimento dos Sem Terra nos jornais A TARDE online e O Globo online” (co-autor: Jobson Santana), “Poesias ao Vento: Vinte poemas de amor e uma crônica desesperada” (Português e Espanhol), dentre outros, e participa de mais de cem antologias. Site: www.galinhapulando.com


Onde comprar? Neste link:


Prêmio Galinha Pulando de Literatura publica livro de 2014

As ilustrações foram feitas por Fábio Haendel (capa) e Rosana Griloni (contracapa)

O Prêmio Galinha Pulando começou em 2005, patrocinado pelo seu organizador Valdeck Almeida de Jesus. Até 2009 cada poeta selecionado recebia um livro de graça. A partir daí, ficou muito caro para Valdeck bancar tudo sozinho. Agora em 2014 veio a ideia de pedir ajuda aos autores e a quem pudesse colaborar comprando antecipado exemplares da antologia poética. Quem participou tem direito a livros e brindes. O apoio principal foi dos escritores Luiz Menezes de Miranda, Janete Serralvo, Rosália Meires Silva, Jânia Maria Souza da Silva e Henrique César Costa Cabral que, através de uma campanha divulgada no site Kickante, contribuíram para tornar realidade mais uma edição do prêmio literário. Sem essa ajuda o sonho talvez não se concretizasse.

Desde a primeira edição o concurso vem atraindo pessoas de todos os lugares: Brasil, Argentina, Espanha, Portugal, Estados Unidos, Moçambique, França, Inglaterra, China, Japão, Suécia, Suíça, Costa Rica, Romênia, Angola, Itália, Sérvia, Austrália, Canadá e Camarões. Já são mais de 1800 exemplares publicados com 1617 poetas de todas as idades, iniciantes e veteranos, que concorrem em pé de igualdade e têm seus nomes ventilados pelo mundo lusófono, fortalecendo os laços poéticos, culturais e linguísticos entre os países de língua portuguesa e valorizando a criação literária de todos.

Ganhadores da edição 2014:

1º Colocado - Menor abandonado (Aderson Ulrico de Oliveira)
2° Colocado - Eu, apenas um andarilho Galdy Galdino (Romildo Galdino dos Santos)
3º Colocado - Magnólias (André Ribeiro)
4º Colocado - Faxina no  céu (Antônio Sérgio de Sena Vaz)
5º Colocado - Vela Areinho (Diogo Cantante)
6º Colocado - Nossa Gramática (Heberton Batista)
7º Colocado - Paradoxo (Jorge Ricardo Dias)
8º Colocado - Meu olhar passarinho (Mateus Silva de Araújo)
9º Colocado - E ainda não sei andar de bicicleta (Osmar de Jesus Santos) 
10º Colocado - Uma calçada em Pequim (Nathan Sousa)

Convidados Especiais: Carol Xavier (Sarau da Onça) e Ndje Man Dieudonné François (República dos Camarões).

Confira aqui a lista completa de todos os participantes do livro:

Nesses dez anos, o concurso já homenageou Jean Wyllys e Jorge Amado, em edições especiais, além de divulgar artistas plásticos como Nilda Lima, Fábio Haendel, Rosana Griloni e Richard Calil Bulos com pinturas que ilustraram capa ou contracapa das edições. Em 2010 o projeto foi citado no livro “Plano Nacional do Livro e Leitura: Textos e Histórias – 2006/2010”, organizado por José Castilho Marques Neto, além de fazer parte de um CD que o Ministério da Cultura distribuiu às bibliotecas e entidades ligadas ao livro e à leitura no país. Além destes destaques, o organizador do certame destaca a participação de jovens e adultos, de todas as idades, do Brasil e do exterior: “os depoimentos de poetas e poetisas, em mensagens de agradecimento e de demonstração de felicidade quando são selecionados me estimulam a seguir adiante, apesar dos percalços e da falta de patrocínio”, declara.

O sonho - Valdeck Almeida de Jesus, idealizador e patrocinador do projeto, teve seu primeiro texto publicado na antologia “Poetas Brasileiros de Hoje – 1984”, organizada por Christina Oiticica, esposa de Paulo Coelho. Por conta disso, o Jornal de Jequié fez uma matéria e o prefeito prometeu bancar uma edição da obra literária e, após uma espera inglória, Valdeck desistiu do sonho individual e criou o concurso literário Galinha Pulando para abrir portas a iniciantes e profissionais que desejem ter seus textos lançados no mundo inteiro.

Organizador - Valdeck Almeida de Jesus (1966) é jornalista, funcionário público, editor, escritor e poeta. Embaixador da Divine Académie Française des Arts, Lettres et Culture, Embaixador Universal da Paz, Membro da Academia de Letras do Brasil (Seccional Suíça), Academia de Letras de Jequié, Academia de Cultura da Bahia, Academia de Letras de Teófilo Otoni, Academia Nevense de Letras, Ciências e Artes – ANELCA, Poetas del Mundo, Fala Escritor, Confraria dos Artistas e Poetas pela Paz, da União Brasileira de Escritores – UBE e União Baiana de Escritores - Ubesc. Publicou “Memorial do Inferno: a saga da família Almeida no Jardim do Éden”,Feitiço contra o feiticeiro”, “Valdeck é Prosa e Vanise é Poesia”, “30 Anos de Poesia”, “Heartache Poems”, ”Yes, I am gay. So, what? – Alice in Wonderland”, “O MST e a Mídia: uma análise do discurso sobre o Movimento dos Sem Terra nos jornais A TARDE online e O Globo online” (co-autor: Jobson Santana), “Poesias ao Vento: Vinte poemas de amor e uma crônica desesperada” (Português e Espanhol), dentre outros, e participa de mais de cem antologias. Site: www.galinhapulando.com


Onde comprar? Neste link: