segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O CONGRESSO BRASILEIRO DE ESCRITORES 2011

Foto: Valdeck Almeida de Jesus (de amarelo) e Domingos Ailton (de paletó)

Por Luiz Carlos Amorim – Escritor

Hoje estou em Ribeirão Preto-SP, onde vim para participar do Congresso Brasileiros de Escritores, promovido pela UBE – União Brasileira de Escritores. Cheguei à tarde e já assisti duas palestras: Cultura na era digital, com Jorge de Cunha Lima e “Composição da Crônica”, com Ruth Guimarães. Não consegui ver “Jornalismo Literário”, com José Neumane Pinto, porque a sala estava lotada. Amanhã vou ver “O papel das Academias de Letras”, com Antonio Penteado, “Ler o Mundo: um desafio”, com Affonso Romano de Santana e “Multiculturalidades: a contribuição de várias culturas para a formação da língua portuguesa”, com Antonio Cabrita, escritor português.

Encontrei, também, essa tarde, a Jacqueline Aisenman, catarinense de Laguna, mas que vive em Genebra e o escritor Valdeck Almeida de Jesus, da Bahia, que eu conhecera no lançamento da antologia do Varal do Brasil, em Florianópolis. Encontrei, ainda o MenaltonBraff, contista dos bons, que já frequentou as páginas do Suplemento A ILHA, mas não consegui assistir a palestra dele, sobre a composição do conto, que foi ontem. E conheci muitos outros escritores de várias partes do país.

Aliás, é muito importante a discussão de assuntos referentes à produção, publicação, distribuição da literatura e a função dela na sociedade, mas o que vale mais é o congraçamento de escritores que nem se conheciam e que vão continuar o debate depois que o congresso acabar.

Os princípios norteadores do Congresso Brasileiro de Escritores 2011, foram os seguintes, estabelecidos pelos escritores brasileiros presentes:

1 – Propor e defender uma política cultural nacional, justa, democrática e aberta, da qual o Estado participe como facilitador, e não como mentor.

2 – Exigir do Estado defesa, incentivo e proteção de toda criação artística, defesa, incentivo e proteção que se expressam no respeito ao direito autoral, à liberdade de expressão e na ampla divulgação e publicidade.

3 - Propor como prioridade absoluta e defender intransigentemente a qualidade da educação no Brasil, exigindo do Estado os investimentos necessários à qualificação e ao aprimoramento dos professores e à manutenção de escolas e equipamentos.

4 – Exigir a extinção de privilégios no fomento à produção artística, pela reestruturação do Fundo Nacional de Cultura.

5 – Exigir, dos meios de comunicação, concessionários que são, atenção à produção artística nacional e às demandas dos produtores artísticos nacionais, por meio da instalação de um Conselho Nacional de Comunicação que tenha maioria de membros indicados por organizações da sociedade civil.

6 – Propor, para a produção literária e artística nacional, atenção aos preceitos de desenvolvimento cultural de um país: educação, cidadania, democracia, igualdade, liberdade, diversidade, direitos humanos e preservação do acervo e do patrimônio cultural, estético, artístico e ecológico do país.

7 – Propor, junto a representantes do poder legislativo e ou executivo, demandas para serem consolidadas em instrumentos legais de proteção ou defesa dos direitos dos escritores.

Precisamos trabalhar para que isso se cumpra.

Fonte: http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br 

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