domingo, 23 de fevereiro de 2014

Poemas de Valdeck Almeida de Jesus no Happy Hour de Anand Rao

Poemas de Valdeck Almeida serão lidos no Happy Hour com  Anand Rao. Para assistir via web acesse www.ustream.tv e procure o canal Sarau do Anand Rao e pelo facebook acessar:www.facebook.com/saraudoanandrao, clique no curtir e no aplicativo Ustream Live, um U dentro de um quadrado azul e depois na tela da TV que vai aparecer.


Foto: Pós-Lida
VALDECK ALMEIDA DE JESUS (1966) é jornalista, escritor e poeta com mais de quinze livros publicados. Embaixador da Divine Académie Française des Arts, Lettres et Culture, Embaixador Universal da Paz, Membro da Academia de Letras do Brasil, Academia de Letras de Jequié, Academia de Cultura da Bahia, Academia de Letras de Teófilo Otoni, Academia Nevense de Letras, Ciências e Artes – ANELCA, Poetas del Mundo, Fala Escritor, Confraria dos Artistas e Poetas pela Paz, da União Brasileira de Escritores – UBE e União Baiana de Escritores - Ubesc. É presidente do Colegiado Setorial de Literatura para o biênio 2013/2014, junto à Fundação Cultural do Estado da Bahia, entidade ligada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. Diretor Geral da União Baiana de Escritores – UBESC para o biênio 2013/2014.




Meu novo suicídio



Desnecessitando

de aprovação

me pergunto

quantas vezes

preciso morrer

no trabalho

na família

entre "artistas"

pela incompatibilidade

com a Terra

ou dela comigo

me pergunto

quantas concessões

renúncias

desistências

para ser aprovado

no vestibular

da minha morte

da minha negação



Tripé da Inquietude



Se todos têm razão

Se cada um realiza

Não há por que ‘senão’

Não há por que baliza

Se todos têm razão

Não há ninguém errado

Não necessita carta

Tampouco jogo e dado

Tripé de duas pernas

Não pode se firmar

Então minha razão

Não pode ultrapassar

Não pode invadir

Nem pode sufocar



(Sem Título)



Ninguém chega ao topo sozinho

Mesmo que não enxergue

Ou finja não ver

Ao longo do caminho



Ninguém chega ao topo sozinho

Mesmo que não enxergue

Diversidade de cores

E de bastidores



Ninguém chega ao topo sozinho

Mas cair todos podem

Se achar que o poder

O mantém no caminho



Ninguém chega ao topo sozinho

E nem lá se mantém

Sem ajuda de ninguém

E nem lá se mantém, sozinho



Procura-se poeta



Paga-se bem

Para carregar

caixas de livros

nas costas

tomar sol

em feiras e praças

sorrir e alegrar

a vida de

quem precisa

precisa-se

de poeta

que saiba rimar

amor com alegria

não reclame

do salário

não me deixe

solitário

e, se precisar

me ponha

pra dormir

com canção

de ninar



(Sem Título)



Tenho medo de teóricos

de gente de gabinete

tenho medo de pessoas

que vivem em gaiolas

nos mundo das ideias

tenho medo de teóricos

que não pisam na lama

que não saem da cama

que falam do que não vivem

e pregam caminhos

para quem não conhecem

tenho medo disso

das revoluções mentais

sem sal, sem açúcar

sem gosto de sangue

sem gosto de mangue

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