Sandro Sussuarana, Zezé Olukemi, Fábio Mandingo e Sérgio Vaz são os convidados
Entre
os dias 3 e 7 de setembro, acontece a Festa Literária Internacional da Chapada
Diamantina – FLICH. Promovida pelo Campus Itaberaba, Irecê e Seabra, da
Universidade do Estado da Bahia (Uneb), a Flich faz homenagem ao centenário de
Dorival Caymmi e tem vasta programação. Destacamos a mesa Literatura e
Periferia, que acontece dia 05 de setembro,
sexta-feira, às 15hs, em Lençóis, com Sérgio Vaz (escritor), Fábio Mandingo (escritor),
Zezé Olukemi (poeta) e Sandro Sussuarana (poeta), mediada pela Prof.ª Dra. Luciana
Moreno.
A periferia
produz arte verdadeira, com o coração, mãos, pincéis, olhos, microfones,
livros, áudio e vídeo. E muito mais que isso, promove a inclusão cidadã de
milhões de pessoas no bonde da poesia, da cultura. Exemplos de norte a sul do
país, surgem a todo momento e transformam a realidade de becos, vielas,
corações amordaçados, libertando bocas e mentes do colonialismo cultural, do
controle globalizado. De dentro pra fora, uma invasão do bem, se espalha pelas
cidades de todos os tamanhos, encantando àqueles que têm contato com essa magia
cultural. Tamanha revolução não poderia passar despercebida dos estudos
literários, da crítica, do jornalismo, da pedagogia. E é isso que se assistirá
na mesa Literatura Periférica durante a Flich.
Os convidados
“Zezé Olukemi se destaca pela
sua versatilidade. Grafiteiro, poeta, produtor cultural e promotor de Anti
Racismo e Direitos Humanos, traz como principal característica o engajamento
político nas causas raciais. Sócio proprietário e idealizador das estampas da
marca Omosholá, tem o seu trabalho reconhecido nacionalmente sendo a Omosholá
pautada como um dos principais empreendimentos de moda com concepção afrocentrada. Além disso, também é realizador do
Sarau Erótico de Salvador.
Os muros são seus principais
suportes artísticos e os sprays suas melhores ferramentas de trabalho,
grafiteiro há 20 anos já participou de inúmeras atividades do movimento hip hop
de salvador tanto através de oficinas, workshop, e cursos quanto através das
suas pinturas sempre muito bem engajadas politicamente”. (Facebook).
“Sandro
Sussuarana é
um dos idealizadores do projeto Sarau da Onça, é produtor cultural e
articulador
de Jovens do bairro de Sussuarana, tem participação em várias
atividades culturais da cidade do Salvador como: Ações Poéticas nas Comunidades
do MAM (Museu de Arte Moderna) e na comunidade de Novos Alagados (Uruguai) em
2012. Participa como frequentador assíduo do Sarau Bem Black (que acontece no
Sankofa Afrincan Bar no Pelourinho).
Das
edições do Hip Hop na Onça de 2008 até 2012 como Apresentador e também na
produção do evento, foi um dos idealizadores do Projeto Perife’Art projeto
realizado em 2008 no bairro de Sussuarana, época que fazia parte do Grupo Juventude Negra Pela
Paz, desenvolvendo oficinas de Estética Negra, Identidade Negra, Dança, Teatro,
Bordado, entre outros, com finalização das atividades em formato de amostra
para toda a comunidade, realizando um desfile de tudo o que foi produzido pelas
oficinas, e apresentação de grupos culturais do bairro, projeto este que foi
realizado com o apoio da CESE (Coordenadoria Ecumênica de Serviço)’. (Sarau da
Onça).
“Fábio Mandingo (Fábio Oliveira Nascimento) nasceu
em Santo Amaro da Purificação-BA, mas cresceu e vive na capital baiana.
Graduado
em História pela Universidade Católica de Salvador, especializou-se em História
Social do Negro no Brasil e atua como professor na Rede Municipal de Ensino.
Atualmente é mestrando em Educação pela Universidade do Estado da Bahia. Menino
da Beira-Mar da Ribeira e dos becos de São Caetano, é fundador do Centro
Cultural Quilombo Cecília, espaço destinado à produção e difusão da cultura
negra, hoje uma referência na cidade e no estado. Pessoalmente, considera a capoeira
e o candomblé como elementos relevantes em sua formação humana, social e
cultural”. (LiterAfro).
“Sérgio Vaz fala que é poeta e acha que
faz poesia. Formado nas ruas, aprendeu tudo que sabe nos livros e no Bar e
Empório Gurarujá, atual bar do Zé batidão, onde acontecem os saraus da
Cooperifa. Começou
a escrever poesia em papel de pão. Excelente atacante de
futebol de salão e meia-boca como médio-volante no time do Jardim Panorama.
Hoje, apesar dos 50, sonha em ser jogador de futebol.
Gosta de rap,
cerveja, samba, música negra, MPB antiga e torce para o Palmeiras. Já trabalhou
como auxiliar de escritório, vendedor de vídeo-game e assessor parlamentar. É
casado com a Sônia e tem uma filha chamada Mariana. Não anda sozinho, está
sempre em companhia dos poetas da Cooperifa e conhece os becos e vielas do
país, por isso, é folgado e agitador cultural. Tem quem gosta, tem gente que
não.
Morador de
Taboão da Serra, grande São Paulo, iniciou a Cooperifa com outros artistas em
uma fábrica desativada em fevereiro de 2001. Meses depois, o Sarau da Cooperifa
com o poeta Marco Pezão, que deflagrou um dos maiores movimentos literário de
São Paulo: a literatura periférica. Lançou cinco livros, entre eles Subindo a ladeira
mora a noite e Colecionador de pedras, que faz parte da coleção “Literatura
periférica” da Global Editora. Outro dia, ele e mais um monte de artistas,
criaram a Semana de Arte Moderna da Periferia. Ninguém ficou sabendo, mas eles
fizeram”. (Site AeroplanoEditora)
Mais informações no site oficial:
http://www.flich.uneb.br/
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