sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Literatura Periférica é tema de debate da Festa Literária da Chapada Diamantina

Sandro Sussuarana, Zezé Olukemi, Fábio Mandingo e Sérgio Vaz são os convidados


Entre os dias 3 e 7 de setembro, acontece a Festa Literária Internacional da Chapada Diamantina – FLICH. Promovida pelo Campus Itaberaba, Irecê e Seabra, da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), a Flich faz homenagem ao centenário de Dorival Caymmi e tem vasta programação. Destacamos a mesa Literatura e Periferia, que acontece dia 05 de setembro,  sexta-feira, às 15hs, em Lençóis, com Sérgio Vaz (escritor), Fábio Mandingo (escritor), Zezé Olukemi (poeta) e Sandro Sussuarana (poeta), mediada pela Prof.ª Dra. Luciana Moreno.

A periferia produz arte verdadeira, com o coração, mãos, pincéis, olhos, microfones, livros, áudio e vídeo. E muito mais que isso, promove a inclusão cidadã de milhões de pessoas no bonde da poesia, da cultura. Exemplos de norte a sul do país, surgem a todo momento e transformam a realidade de becos, vielas, corações amordaçados, libertando bocas e mentes do colonialismo cultural, do controle globalizado. De dentro pra fora, uma invasão do bem, se espalha pelas cidades de todos os tamanhos, encantando àqueles que têm contato com essa magia cultural. Tamanha revolução não poderia passar despercebida dos estudos literários, da crítica, do jornalismo, da pedagogia. E é isso que se assistirá na mesa Literatura Periférica durante a Flich.

Os convidados

“Zezé Olukemi se destaca pela sua versatilidade. Grafiteiro, poeta, produtor cultural e promotor de Anti Racismo e Direitos Humanos, traz como principal característica o engajamento político nas causas raciais. Sócio proprietário e idealizador das estampas da marca Omosholá, tem o seu trabalho reconhecido nacionalmente sendo a Omosholá pautada como um dos principais empreendimentos de moda com concepção afrocentrada. Além disso, também é realizador do Sarau Erótico de Salvador.

Os muros são seus principais suportes artísticos e os sprays suas melhores ferramentas de trabalho, grafiteiro há 20 anos já participou de inúmeras atividades do movimento hip hop de salvador tanto através de oficinas, workshop, e cursos quanto através das suas pinturas sempre muito bem engajadas politicamente”. (Facebook).

“Sandro Sussuarana é um dos idealizadores do projeto Sarau da Onça, é produtor cultural e articulador
de Jovens do bairro de Sussuarana, tem participação em várias atividades culturais da cidade do Salvador como: Ações Poéticas nas Comunidades do MAM (Museu de Arte Moderna) e na comunidade de Novos Alagados (Uruguai) em 2012. Participa como frequentador assíduo do Sarau Bem Black (que acontece no Sankofa Afrincan Bar no Pelourinho).

Das edições do Hip Hop na Onça de 2008 até 2012 como Apresentador e também na produção do evento, foi um dos idealizadores do Projeto Perife’Art projeto realizado em 2008 no bairro de Sussuarana, época  que fazia parte do Grupo Juventude Negra Pela Paz, desenvolvendo oficinas de Estética Negra, Identidade Negra, Dança, Teatro, Bordado, entre outros, com finalização das atividades em formato de amostra para toda a comunidade, realizando um desfile de tudo o que foi produzido pelas oficinas, e apresentação de grupos culturais do bairro, projeto este que foi realizado com o apoio da CESE (Coordenadoria Ecumênica de Serviço)’. (Sarau da Onça).

“Fábio Mandingo (Fábio Oliveira Nascimento) nasceu em Santo Amaro da Purificação-BA, mas cresceu e vive na capital baiana.

Graduado em História pela Universidade Católica de Salvador, especializou-se em História Social do Negro no Brasil e atua como professor na Rede Municipal de Ensino. Atualmente é mestrando em Educação pela Universidade do Estado da Bahia. Menino da Beira-Mar da Ribeira e dos becos de São Caetano, é fundador do Centro Cultural Quilombo Cecília, espaço destinado à produção e difusão da cultura negra, hoje uma referência na cidade e no estado. Pessoalmente, considera a capoeira e o candomblé como elementos relevantes em sua formação humana, social e cultural”. (LiterAfro).

“Sérgio Vaz fala que é poeta e acha que faz poesia. Formado nas ruas, aprendeu tudo que sabe nos livros e no Bar e Empório Gurarujá, atual bar do Zé batidão, onde acontecem os saraus da Cooperifa. Começou
a escrever poesia em papel de pão. Excelente atacante de futebol de salão e meia-boca como médio-volante no time do Jardim Panorama. Hoje, apesar dos 50, sonha em ser jogador de futebol.

Gosta de rap, cerveja, samba, música negra, MPB antiga e torce para o Palmeiras. Já trabalhou como auxiliar de escritório, vendedor de vídeo-game e assessor parlamentar. É casado com a Sônia e tem uma filha chamada Mariana. Não anda sozinho, está sempre em companhia dos poetas da Cooperifa e conhece os becos e vielas do país, por isso, é folgado e agitador cultural. Tem quem gosta, tem gente que não.

Morador de Taboão da Serra, grande São Paulo, iniciou a Cooperifa com outros artistas em uma fábrica desativada em fevereiro de 2001. Meses depois, o Sarau da Cooperifa com o poeta Marco Pezão, que deflagrou um dos maiores movimentos literário de São Paulo: a literatura periférica. Lançou cinco livros, entre eles Subindo a ladeira mora a noite e Colecionador de pedras, que faz parte da coleção “Literatura periférica” da Global Editora. Outro dia, ele e mais um monte de artistas, criaram a Semana de Arte Moderna da Periferia. Ninguém ficou sabendo, mas eles fizeram”. (Site AeroplanoEditora)

Mais informações no site oficial: http://www.flich.uneb.br/

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